terça-feira, 31 de julho de 2012

QUÍMICA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE



INTRODUÇÃO

O meio ambiente e sua representação social é definida como sendo o lugar determinado ou percebido, em que elementos naturais e sociais presentes estão sempre em relações dinâmicas e em interação com a realidade, construindo desta forma processos culturais, tecnológicos e processos históricos e sociais de transformação do meio naturalmente construído. Ou seja, o ambiente é constituído de aspectos que são determinantes no meio, além de promover sua transformação. Tal transformação pode trazer implicações diretas para a saúde dos indivíduos que constituem este meio, sendo necessário racionalizar as ações sobre o ambiente a fim de evitarem-se danos.
A correlação entre meio ambiente e sua representação social com a saúde trás uma serie de possibilidade de ampliar o escopo de atuação no planejamento em saúde, por meio da avaliação da relação de causalidade entre ambos. A elaboração de um paralelo entre o que seria supostamente um ambiente saudável e suas características desejáveis, juntamente com as variáveis que contribuem para o adoecimento de uma localidade, permitira a projeção de ações voltadas para a promoção da saúde tanto coletiva quanto individual.
Dentro do que foi abordado, a questão a ser investigada é de quão válidos seriam as suposições e variáveis e qual sua utilidade para o planejamento em saúde. A compreensão desta relação de causalidade é um dos objetos da abordagem que segue, que visa uma melhor compreensão e valorização do meio ambiente com agente de saúde do meio em que se vive.

Neste esquema percebe-se que a relação entre os elemento naturais e sociais, leva a processos de interação que tem imapcto direto na ambiente, tanto nos campos naturais e sociais, destacando-se a participação popular na concientização do cuidado e preservação do meio ambiente, juntamente com uma relação saudável do homem com o mesmo.

Em uma segunda análise, temos a simulação de situações não favoráveis ao ambiente e a promoção da saúde, conforme esquema abaixo
Neste novo esquema observa-se que se os elementos naturais tanto quanto os sociais se encontrarem adversos ou inexistentes, e os processos culturais, tecnológicos, históricos e sociais podem resultar no descaso em relação a conservação e proteção do meio ambiente, podendo neste cenário tornar -se desfavorável a saúde das pessoas. As ações voltadas para superar as doenças podem ser advindas de ações reducionistas como a medicalização da saúde. Tais ações podem apresentar um escopo muito limitado, não contribuindo de fato para a manutenção de um ambiente saudável para a comunidade.
Um exemplo que se pode relacionar com a questão da saúde e do ambiente diz respeito ao tratamento do lixo. Uma vez que este não for tratado de maneira adequada, pode acarretar em problemas de saúde diversos, cuja causa principal esta na relação do homem com seu ambiente . As intervenções podem ser simplimente a indicação de anti parasitários, o que na verdade não age na causa do problema.


A SAÚDE E O MEIO AMBIENTE

A comparação e prospecção de um ambiente saudável versus um adverso em termos de saúde, considerando a representação social do ambiente e a influencia deste na saúde das pessoas demonstra que tanto os elementos sociais e naturais que compõe o ambiente devem ser considerado e trabalhados quando se pensa em planejamento em saúde, necessitando que ambos estejam harmonicamente direcionados a saúde. A chave de todo processo reside na participação popular, uma vez que o homem tem, ou deveria ter, consciência do seu papel de agente modificador do meio ambiente, e trabalhar sempre para a melhoria e conservação do mesmo, não se pautando apenas em intervenções reducionistas. A análise do meio ambiente permite traçar um perfil de uma comunidade e fornecer informações que podem ser úteis em um planejamento de saúde, de uma maneira ampliada e digna tanto para o ser humano quanto para o planeta.

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